Coluna da Mazé

Prazer! Sou Mazé Torquato

Olá,

Feliz em participar deste espaço e poder estar sendo lida por você neste momento. Moro atualmente na capital francesa mas fui da região. Cheguei nestas bandas nos anos de 1970 para estudar jornalismo. É, queria escrever e pensei que jornalismo seria minha porta de entrada para realizar meu desejo. Vivia no Mato grosso do Sul onde nasci, que na época era Mato Grosso onde ainda não tinha universidades. Foi assim que eu e a família passamos a morar em Osasco.

Quando entrei na faculdade, a FIAM, decidi que tinha que ir trabalhar em jornal para aprender a prática do que aprendia. Aceitei um trabalho na imprensa local ganhando um terço do salário que tinha como contábil numa empresa da cidade. Foi assim que comecei minha vida como jornalista na região.

O jornal se chamava A Região, seu editor João Macedo e seu diretor de redação, Hairton Santiago. Quem tem minha idade ou mais, sabe do que estou falando. Infelizmente, ele fechou as portas mais adiante. O jornal tinha tempo de casa na época e cobria toda a região Oeste, de Osasco a Itapevi, passando por Carapicuíba, Barueri, Jandira, Santa de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus. Comecei a aprender a profissão, cobrir festas como a da Aldeia de Carapicuíba e a de Pirapora… me familiarizar com as questões de desenvolvimento urbano como poluição, falta de luz, pavimentação e esgoto, condições de transportes…. Da A região fui para a Folha da região de bela proposta de conteúdo, mas que, infelizmente, teve vida curta. Em seguida fui para o Grande Osasco enquanto fazia outros trabalhos para a imprensa de São Paulo.

Falo desse meu começo para dizer que tenho ligação com a região onde minha mãe e irmãos moram, assim que amigos, e por onde todos os anos passo para revê-los e matar as saudades da terrinha.

Foi no começo de 1985, no final do governo militar, quando trabalhava no jornal O Grande Osasco que decidi realizar meu projeto de ano sabático para aprender francês e inglês na Europa. Comecei por Paris, onde fazia reportagens para a Folha Turismo e a Radio Internacional da Holanda. Mas nunca passei seis meses em Londres para aprender inglês. O aprendizado de uma língua é longo, então fui ficando na França, …. completei agora 35 anos de vida por este norte de longos invernos frios, mas de belas cores no outono, de primaveras cheias de cores e odores e de verões de boas temperaturas.

Não tendo nascido em berço de ouro, sempre tive que trabalhar. E como a imprensa brasileira nos anos 1980 não possuía, salvo raras exceções, condições de pagar correspondes em Paris, terminei me adaptando para trabalhar em empresas francesas. Longos anos de aprendizados que me levaram há mais de 10 anos a escrever textos mais longos que artigos. Hoje tenho 11 livros publicados entre eles alguns em francês.

Entre outras atividades em Paris, realizo um Encontro literário no Instituto franco brasileiro Alter’Brasilis que com o coronavírus, fomos obrigados a fazer à distância. Portanto tenho feito lives com escritores brasileiros vivendo no Brasil ou por aqui. Como exemplo fiz uma transmissão cujo vídeo está disponível na minha página, com o Antônio Torres, mas também com professores sobre um ou outro autor, a exemplo de Ana Clarck especialista do Chico Buarque. Está tudo registrado na minha página facebook.

Pretendo então, aqui, falar de escritores brasileiros que vivem, viveram ou estão de passagem por aqui ou pela Europa. Muitos são convidados para o Salão do livro de Paris “Livre Paris” que este ano não foi realizado por causa do coronavírus, mas que já tem data para 2021: 19 a 21 de março. Espero, como todo os atores do mercado de livros, que não sejamos obrigados a cancelar.

Até breve!

MAZÉ TORQUATO CHOTIL É jornalista, pesquisadora e autora.

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