Dançarina de Jandira brilha em Orlando no Estados Unidos da América

Fabiana, se declara como uma pessoa tímida, mas demonstra que essa condição não a impediu de ter sucesso. Ela nos fala sobre suas viagens pelo Brasil e pelo mundo.

Por Marcos Torquato

“Já nasci dançando”, dessa maneira descontraída e com sorriso largo no rosto que dançarina Fabiana da Silva Aguiar nos recebeu.

Nascida no dia 15 de fevereiro de 1980, na cidade Resende no Rio de Janeiro. Formada em Curso Superior em Dança. Veio morar Jandira, com apenas 2 anos de idade e vive na cidade até os dias de hoje.

Fabiana em uma de suas apresentações. Foto: Felipe Mariano

Conhecida como Fabiana Aguiar. Além de dançarina é empreendedora e cantora atividade, que cada vez mais tem ganhado espaço em sua vida:

 “Amo cantar me sinto, realizada”.

A arte é algo que sempre fez parte de sua história, fruto de uma família formada por vários artistas, dessa forma, a dança surgiu logo na infância sendo influenciada por uma das suas tias, a Adriana Rodrigues.

A dançarina nos surpreende ao falar um pouco da brilhante carreira de sua tia: “No passado, a Adriana, fez parte do corpo de baile do cantor Elimar Santos”.

Um dos grandes sonhos e uma das maiores dificuldades para o todo artista é poder iniciar a sua vida profissional trabalhando com sua arte. Muitas vezes os artistas se veem “obrigados” a trabalharem em áreas que não tem nada a ver com sua vocação.

Com a Fabiana, essa realidade não foi diferente, começou a trabalhar com Pajem cuidando de crianças na Carita, instituição, que contam com alguns núcleos na Igreja Católica. Na época a jovem de apenas 18 anos, sentiu um impacto muito forte, pois não se sentia segura em ser cuidadora de crianças, o sentimento de desespero bateu forte.

Um turbilhão de pensamentos invadiu a sua cabeça, a moça pensou em desistir já no primeiro dia.

Foto: Coli

 Aos poucos foi esfriando a cabeça e deu continuidade ao trabalho, com o passar dos dias   foi se familiarizando com o ambiente e cada vez mais sentindo-se segura. Pouco tempo depois passou a ser monitora, nessa época já estava sentindo-se muito bem no trabalho. E quando menos esperava, foi convidada a dar aulas de dança em uma das oficinas da instituição.

Nesses mais de 25 anos no mundo da dança, a sobrinha de Adriana Rodrigues, coleciona momentos de muito sucesso em sua carreira entre eles destacamos os festivais de dança: All Dance Brasil e All Dance World de 2017, nesse último representou o Brasil com o Samba & Cia, a Companhia, faturou o 1º lugar na categoria show e solando Fabiana, ganhou o 3º lugar na categoria Jazz Contemporâneo.

Viagens ao exterior

É curioso voltar no tempo e pensar que aquela menina, de apenas 18 anos se sentia tão insegura e que aos poucos foi ganhando segurança e encontrando o seu espaço. E quem poderia imaginar que aquela mesma menina chegasse a voar tão longe.

Sua primeira viagem ao exterior foi para Moçambique (África), ocorreu por meio de um intercâmbio promovido pela Escola Sagrada Família, onde autua como professora de dança até hoje.

A viagem que durou 15 dias foi o suficiente para a dançarina conhecer a cidade de Maxixe e o Distrito de Inhabane.

Durante a entrevista fomos surpreendidos com a emoção de Fabiana ao falar sobre sua chegada em Moçambique: “Um dos melhores momentos foi descer do avião e tocar o solo de meus ancestrais… momento esse que por um impulso me fez beijar o chão… Trago isso em minha memória. Minha reverência eterna”.

O trabalho em outras companhias lhe proporcionou outra ida ao exterior, dessa vez foi a convite da Escola Beth Ballet (Alphaville), a dançarina foi convidada a ir com escola para Nova Iorque (EUA).

Fabiana nos fala sobre os encantos da sua experiência na terra do Tio San:  “Além de desfrutar dos encantos da cidade, foi nessa viagem que assisti pela primeira vez um musical na Broadway. ”

 Emocionada conta um pouco do carinho que tem por sua Mestra:

“E pude viajar nas histórias e relatos de minha Mestra Elizabeth O. Leite partindo de sua vivência naquela cidade em seu tempo de estudante e bailarina. E enfim realizei o sonho de conhecer e poder participar de aulas em dois grandes centros do desenvolvimento da dança no mundo Broadway Dance Center e Alvin Ailey American Dance Theater”.

 A empresária, que já viajou por diversos Estados brasileiro, retornou ao solo americano visitado Orlando (Miami-EUA), dessa vez representando a Escola Duo Dança e a Companhia de dança Samba&CIA, juntamente com amigos bailarinos das duas instituições, representou o Brasil no Festival de dança All Dance Orlando na categoria Show ganhando em primeiro lugar e com o solo Vida na categoria de Jazz contemporâneo em terceiro lugar.

De natureza inquieta e com grande desejo em realizar inúmeros projetos a Fabiana comenta sobre sua participação no edital cultural de Jandira em 2014:

”escrevi e ganhei apenas uma vez, minha primeira experiência contou com o apoio gigantesco da Produtora Verinha Curado, hoje a frente da gestão do Cache Gestão. Não entendia o que era um edital… E ela me norteou, orientando cada passo e fazendo de fato a produção do projeto”.

Os desafios são algo comum na vida da artista e sua estreia no encabeçamento de projetos financiados por meio de recursos públicos não poderia ser diferente. De cara a empreendedora propôs a criação de um Documentário, a proposta tinha como objetivo registrar a produção de um pocket show de dança, da concepção da ideia até a etapa da realização para promover o entendimento da produção cultural dessa área, dos profissionais envolvidos e da valorização e entendimento das dificuldades que os artistas da cidade de Jandira possuem para realizar suas produções.

Quem desejar conhecer o trabalho pode acessar o link abaixo:

Perguntada sobre qual o segredo de tanto sucesso a empresária finaliza de maneira objetiva: “Estar em movimento, sempre atento, atualizado com o que acontece, estar preparado, estar preparado e sem medo de ousar, investir… “Dar a cara para bater”. Poucos são os que se propõem a trabalhar dessa forma e com muita disciplina e seriedade. São os atletas da dança. E isso se amplia quando pensamos em escolas de dança, bailarinos, companhias, projetos, instituições etc”…

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